segunda-feira, 19 de novembro de 2007

"O animal do tempo" em cartaz no Sesc Paulista

Divulgação
Está em cartaz na Unidade Provisória do Sesc Avenida Paulista o monólogo O animal do tempo, estrelado por Ana Kfouri. Esta é a terceira temporada da peça, encenada no Rio de Janeiro por duas vezes este ano. O texto, com excelente tradução de Ângela Leite Lopes, tem a direção de Antônio Guedes e marca o retorno de Ana Kfouri aos palcos, após 16 anos em que trabalhou como diretora.
A atriz dramatiza a segunda parte do Discurso aos animais, de Valère Novarina (1947-), um dos autores mais encenados na França atualmente. A escrita de Novarina difere da dramaturgia tradicional e se aproxima de autores como Samuel Beckett(1906-1989). A linguagem é, para ele, uma espécie de: "...fluido que se propaga pelo espaço [...]" e "Penetra um corpo[...]". As "Palavras podem se transformar, lutar, arrumar-se...". O texto denso e intenso sugere uma estreita relação do teatro com o pensamento, como observa ele: "O teatro é o lugar onde o 'drama do pensamento' acontece. Pensar é um drama em desenvolvimento [...] O pensador é como um ator que queima as palavras e respira movimento dentro delas..." (Entrevista a Rachel Almeida, JB/ Caderno B 08/10/2007). Durante a temporada, acontece também uma oficina de teatro ministrada por Ana Kfouri, de quinta a domingo à tarde. A peça ficará em cartaz até 16 de dezembro no Teatro de Câmara, de sexta a domingo às 20:30. Excepcionalmente dia 09/12, não haverá espetáculo. O Sesc Paulista fica na Av. Paulista 119/ Estação Brigadeiro do Metrô. Tel: 3179-3700.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Os signos musicais

Angra dos Reis (Legião Urbana, 1987), música que remete a uma diversidade de signos: signos do amor, signos mundanos, antigos e novos afetos que surgem ao longo da vida e fazem com que passado e futuro sejam confundidos nesse súbito encontro com o tempo. A memória, lançada nesse passado que se foi, reencontra, no presente, traços de um passado que deixou de existir. Esse passado se atualiza ao se mesclar com o presente que passa. Ambas as dimensões do tempo levarão a um futuro, no qual o passado deixará de existir, ao romper os laços que vigoram no atual. O tempo do acontecimento, aion, encontra simultaneamente, na imensidão das formas vazias, o porvir e o que já passou. Talvez seja nesse sentido que passado e futuro são um só. Sempre acontecendo e já ocorrido, o acontecimento, portanto, jamais se torna um estado de coisas, ele é puro devir.

A experiência que tiramos desse passado, agora inexistente, nos levará ao encontro desse futuro que sobrevoará nosso atual, fazendo nosso passado desaparecer. O que nos restará de tudo isso serão memórias, lembranças, afetos de um tempo que não retorna.

A música tem essa característica, o privilégio de fazer com que toda a diversidade de signos em conjunto com a memória seja reencontrada. Os signos musicais colocam em comunicação os sentidos com a alma. Somos levados ao passado, ao atual e a esperança de um porvir...

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Homenagem a Bergson

Começa hoje à noite o Colóquio Internacional Henri Bergson, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Essa é a quarta Edição do Colóquio, que vem sendo realizado desde 2002 e já teve, entre os homenageados, pensadores como Gilles Deleuze e Michel Foucault. Dessa vez o Colóquio, uma realização do Programa de Pós-Graduação em de Filosofia da Educação, será dedicado a Henri Bergson (1859-1941). A idéia é, inicialmente, comemorar os 100 de A evolução criadora (1907), um dos livros mais lidos em todo o mundo no início do séc. XX, e ainda a relação que pensadores como Gilles Deleuze, por exemplo, mantêm com a obra de Bergson.
Hoje à noite, entre 19 e 21h, será feita uma homenagem ao Professor Dr. Bento Prado Jr. (1937-2007), um dos grandes estudiosos de Bergson, cujo livro Presença e campo transcendental (EDUSP) foi traduzido e publicado na França. Será exibido o DVD “Entre narciso e o colecionador ou o ponto cego do criador” de Bento Prado Jr.. O Professor Dr. Franklin Leopoldo e Silva (USP), um dos tradutores de Bergson no Brasil, participará da mesa proferindo a conferência “Bento Prado leitor de Bergson: o nascimento da subjetividade”. Amanhã à noite, entre 19:30 e 21:30h, haverá um coquetel e lançamento de livros, dentre eles, Infantis de René Schérer, que participou da segunda edição desse Colóquio em homenagem a Gilles Deleuze. Haverá ainda um debate com o Professor Maurício Rocha (UERJ- Campus Baixada Fluminense ) e Marisa Lopes da Rocha. Na sexta-feira, entre 9:00 e 12h., o Professor Dr. James Arêas (UERJ), participará da mesa "Contemporaneidade da obra de Bergson" e falará sobre “Bergson e o universo das imagens”. O Colóquio termina na sexta-feira. Confira a programação completa.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Sonhos de areia...

Assista às metamorfoses da arte feitas com areia, de Ilana Yahav e Dato Hudjadze, no curta de Konstantin Charmadov, (Sand dream; ParanoiaFilm, 2005).