sexta-feira, 6 de outubro de 2017

IX Edição do Seminário permanente de Estética "O que podemos com a arte?"




       No próximo dia 16 de Outubro deste ano, a Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro receberá o cineasta Luiz Rosemberg Filho, na IX Edição do Seminário permanente de Estética "O que podemos com a arte?", sob a Coordenação da Profa. Dra. Veronica Damasceno. O Diretor falará sobre "O cinema como reflexo da alma humana", mas também serão exibidos e comentados, por ele, alguns de seus curtas, tais como: Linguagem (2013); Hollywood sem filtro 2 (2005); Uma carta (2008); Afeto (2005) e Sem título (2010). Após a exibição o público terá a oportunidade de conversar com o cineasta.
        Artista plástico autodidata, Rosemberg iniciou sua carreira fazendo colagens. posteriormente, trabalhou como jornalista, na agência de notícias Interpress. No final dos anos 1950 se integrou ao movimento estudantil e participou também do Centro popular de Cultura (CPC) para fazer teatro, onde descobriu o cinema. A partir disso, passou a fazer política cultural, tendo em vista reivindicar o cinema popular e participar da luta política pelo cinema brasileiro. 
        Em 1962, participou com o crítico de cinema, Antônio Muniz Viana, do Jornal Correio da Manhã, no Antigo Instituto Nacional do Cinema, que posteriormente se chamaria Embrafilme e atualmente Ancine. No final dos anos 1960, dirigiu dois longas-metragens: Baladas da página três (1968) e Jardim das espumas (1970). No início dos anos 1970, após ter artigos e filmes censurados, decidiu se autoexilar em Paris, onde estudou e escreveu.
           Em meados dos anos 1980, Rosemberg retorna ao Brasil e retoma seu trabalho no cinema, com Crônica de um industrial (1978), e ainda com duas pornochanchadas: O santo e a vedete (1982) e A$$untina das Amérikas (1975). Tais trabalhos são, segundo ele "uma crítica bem humorada a pornochanchada, a qual servia ao país ocupado pelo cinema estrangeiro" (sic).
           Um dos temas recorrentes em seu trabalho é a política, mas não uma política panfletária e sim uma arte política que leve a reflexão" (sic). Encontramos esse tema presente no já citado Crônica de um industrial, mas também em Dois casamentos (2014) e em Guerra do Paraguay (2016), o qual é , segundo o cineasta, inspirado na obra homônima de Victor Meirelles. Guerra do Paraguay começou a ser pensado a partir de uma conversa que o Diretor teve com o cineasta Glauber Rocha, quando ambos admiravam a obra de Meirelles no Museu Nacional de Belas Artes.
          Atualmente, em trabalhos realizados com Cavi Borges, Rosemberg retomou alguns temas, como a história mundial, as guerras e os problemas contemporâneos. Exemplo disso é seu mais recente longa Os príncipes, ainda em fase de finalização. Para o Diretor, "o Brasil é um país cinematográfico, mas permanentemente ocupado por Hollywood" (sic).
          O evento é gratuito e terá início às 10:00h, a sala será aberta a partir das 9:00h. Haverá certificado de participação. O endereço é Av. Horácio de Macedo nº 2151 2º andar, Auditório G1, Faculdade de Letras da UFRJ, Cidade Universitária. Maiores informações, acesse: IX Edição "O que podemos com a arte?"



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